Não podemos respirar por Carlos de Oliveira Garcia*
Subitamente, neste mês de junho de desconfinamento cauteloso face a um vírus perigoso, eis que um outro tão ou mais virulento fez soar o alarme nas consciências de mulheres e homens, jovens ou menos jovens, inquietando-os e levando muitos a tomar partido pela justiça, decência e humanidade. Até quando esse desconforto visível e audível irá durar não se sabe. Mas enquanto durar é bom para o ambiente.
«I can’t breathe», o apelo aflitivo de George Floyd antes de morrer, percorre o mundo à velocidade da indignação e revolta contra a brutalidade racista nos EUA. Este crime é mais um de uma longa série de crimes idênticos perpetrados por forças policiais, contra os seus concidadãos afro-americanos mas não só.
A brutalidade policial, discriminação racial e violência contra as minorias estão enraizadas e impregnadas na história dos EUA desde a sua fundação.